Mãe pede justiça por casal morto em acidente na PR-151 | aRede
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Mãe pede justiça por casal morto em acidente na PR-151

Na situação, o motorista de um veículo S10 invadiu a contramão da via e, em seguida, colidiu frontalmente com a motocicleta ocupada pelas vítimas

Mariana tinha 20 anos e William 23 anos, eles viviam em Ponta Grossa há 4 anos.
Mariana tinha 20 anos e William 23 anos, eles viviam em Ponta Grossa há 4 anos. -

Mateus Pitela

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Familiares e amigos de William Martins Galvan e Mariana Vitória Danilau, mortos em um acidente de trânsito, em março desse ano na PR-151, em Ponta Grossa, pedem justiça e respostas para o caso. Na situação, o motorista de um veículo S10 invadiu a contramão da via e, em seguida, colidiu frontalmente com a motocicleta ocupada pelas vítimas, resultando no óbito de Mariana, de 20 anos, e William, de 23 anos – relembre o caso aqui.

A redação do Portal aRede conversou com Marli Martins, mãe de Willian, que contou que após quatro meses do acidente a família segue sem respostas e principalmente sem justiça para o caso. “Nós estamos na espera do Ministério Público. Já era para eles terem retornado. O delegado do caso acatou o homicídio doloso e nós estamos pedindo o júri popular, queremos justiça”, declara.

Conforme os policiais, diversas testemunhas foram ouvidas durante a investigação e, algumas delas, relataram que o condutor da S10 colocava em risco a segurança dos demais motoristas da via, pela forma em que trafegava, alcançando uma velocidade incompatível com o que é permitido no local, além de avançar na pista contrária. 

O procedimento foi encaminhado para apreciação do Ministério Público e Poder Judiciário, podendo o condutor ir a júri popular. A pena para o crime de homicídio qualificado pode chegar a 30 anos de reclusão. 

William e Mariana viviam há quatro anos em Ponta Grossa. Eles se conheceram em Flores da Cunha, município do Rio Grande do Sul, e vieram para a cidade para trabalhar e estudar. “Eles viviam felizes, estavam construindo a vida deles juntos, se conheceram aqui no Rio Grande do Sul e decidiram tentar a vida no Paraná. Não é justo que tudo tenha acabado desse jeito”, conta Marli.

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Marli também publicou uma carta nas redes sociais, onde pede justiça ao caso. Confira na íntegra:

O LUTO VIROU LUTA!

William 23 anos e Mariana 20 anos, dois lindos jovens cheios de vida e de sonhos... Sonhos esses que foram interrompidos no dia 16/03/24.

Sou Marli, uma mãe lutando por justiça desde o dia em que perdi meu filho e minha nora em um trágico acidente na PR 151, em Ponta Grossa, no PR.

William era um menino querido por todos, com muitos amigos, educado, amoroso, humilde e sonhador. Conheceu a Mariana aqui em Flores da Cunha–RS, uma menina linda e carinhosa, estudiosa, defensora dos animais e assim como ele, cheia de sonhos.

Ambos decidiram tentar a vida no PR. Chegando lá, logo arrumaram trabalho, começaram estudar e com o passar do tempo foram adquirindo suas coisas.

Tinham alugado um apartamento, mobiliaram, e em breve trocariam a moto por um carro.

Eles viviam felizes, amavam passear nos fins de semana, conhecer lugares novos e estar em contato com a natureza. 

Também amavam sua Rubi, que foi adotada por eles.

William falava comigo todos os dias, contava seus sonhos, suas conquistas, sua rotina.

E no sábado ele me disse que foi ao supermercado pela manhã e a tarde iria buscar a Mariana no trabalho.

E foi o que ele fez, no dia 16/03/24 ele foi buscar ela no trabalho, e os dois nunca mais voltaram para casa.

A moto deles foi atingida frontalmente por uma caminhonete S10, no B.O da P.R.E a caminhonete invadiu a pista que a moto trafegava, atingindo fazendo com que eles fossem arremessados metros longe. Eles não tiveram nenhuma chance de sobreviver, morreram no local.

É difícil descrever a maneira que eles ficaram, mas os laudos da perícia, as testemunhas, eu e o irmão dele, vimos o estado deles após a colisão. Uma cena horrível que mãe nenhuma deveria ver.

Meu filho foi embora de casa cheio de vida e de sonhos... E eu fui buscá-lo de volta no dia 16/03/24 da maneira mais terrível que uma mãe pode ir buscar um filho, dentro de um caixão.

Desde então, os meus dias tem sido de luto e de luta.

Um luto que sei que não passará enquanto eu viver, e de luta para que o responsável pela morte do meu filho e minha nora, seja julgado e punido pela justiça do PR.

Luto diariamente pela justiça dos homens... porque a de Deus é certa e ninguém foge dela.

Eu sei que nada do que eu faça trará meu filho de volta, e nada, será capaz de tirar a minha dor, a dos familiares e dos amigos, mas queremos justiça pela morte trágica dos dois.

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